O PAPEL DO PSICÓLOGO NO PROCESSO DE ADOÇÃO TARDIA

desafios emocionais, intervenções no ajustamento psicológico e integração familiar

Autores

  • Constance Bonvicini
  • Eduarda Silvério Romão

Resumo

A adoção tardia, caracterizada pela adoção de crianças acima de 5 anos, envolve um processo complexo que vai além dos aspectos legais, abrangendo também dimensões emocionais, sociais e culturais. Este trabalho tem como objetivo analisar o papel do psicólogo no processo de adoção tardia, com foco nas intervenções emocionais e psicológicas durante a adaptação das crianças e adotantes. A partir de uma revisão bibliográfica qualitativa, foram explorados os desafios enfrentados pelos adotantes, como o medo das sequelas emocionais e o ideal de adotar uma criança recém-nascida, além da burocracia e das dificuldades no processo de adoção. O estudo destaca a importância do acompanhamento psicológico desde as fases iniciais da adoção, incluindo a preparação dos adotantes, a mediação de expectativas e a construção gradual do vínculo afetivo. A atuação do psicólogo, através de diversas abordagens terapêuticas, como a psicanálise, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a terapia sistêmica, são essenciais para garantir a adaptação familiar e prevenir a devolução das crianças, oferecendo suporte contínuo e orientação. Além disso, o trabalho aponta a necessidade de políticas públicas mais eficazes e a sensibilização social sobre os benefícios da adoção de crianças mais velhas, desmistificando preconceitos e quebrando estigmas. Conclui-se que, quando realizada com apoio psicológico adequado, a adoção tardia pode proporcionar uma experiência de parentalidade transformadora tanto para os adotantes quanto para as crianças, promovendo o direito ao convívio familiar e a construção de vínculos afetivos duradouros.

Biografia do Autor

  • Eduarda Silvério Romão

    Graduanda em Psicologia pela Faculdade Patos de Minas (FPM). E-mail: eduarda.25001@alunofpm.com.br

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Publicado

07-11-2025